segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Governo esconde 22 milhões de miseráveis maquiando estatísticas


 Deixando de corrigir os valores pela inflação, passou-se a afirmar que não haveria mais miseráveis no Brasil. No entanto, segundo cálculo do IPCA, referido pela Folha de São Paulo, os preços subiram em média 10,8%., afetando a capacidade de consumo e subsistência. Porém, isto, curiosamente, não ocasionou um reajuste na definição do limite para a pobreza ou "linha de miséria" - iniciado, em 2011, em R$70,00 por pessoa.


Isto é interessante quando se nota que Dilma definiu como promessa erradicar a miséria até o próximo ano, quando ocorrerão as eleições. Além disso, não faltam críticas quanto ao valor - já considerado baixo, mesmo caso fosse reajustado. De fato, pode-se imaginar os malabarismos necessários para que se sobreviva com pouco mais que R$1,00 por dia.

À parte o caráter questionável e frequentemente debatido, socialmente, de tais programas sociais, a falibilidade de tal assistencialismo parece evidente.

Caso o valor fosse corrigido, o número de "declarados" miseráveis subiria de 0 para 22,3 milhões pessoas - mais de 10% da população do país. Outro dado é interessante: os brasileiros "salvos" da miséria pelo Bolsa Família constantes do limiar, como alegado pelo Governo, teriam recebido apenas apenas R$7,50 a mais por mês - ou R$0,25 a mais por dia. Teria sido tal mudança relevante em suas vidas? Não esqueçamos de 700 mil pessoas em estado miserável que nem mesmo constam dos cadastros oficiais. 

Na hipótese de se considerar 2009 como o início do valor de R$70,00 (quando ocorreu o decreto definindo-o), seriam mais de 27 milhões em estado de miséria, ajustando-se o valor. Até que ponto a ausência de reajuste é dolosa? Por que tais valores não foram reajustados? Serão reajustados algum dia?

Tendo isto em vista, parece que certos setores do Governo de fato descobriram a solução definitiva para a miséria, conseguindo cumprir suas promessas: a manipulação descarada de estatísticas.

Caio Barbosa
Folha Política
Com informações de Folha de S. Paulo
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